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Residência e Rivalidade:

 

Residência e Rivalidade

Em Frederico Westphalen, no interior do Rio Grande do Sul, o futebol de clubes amadores desempenha um papel central na rotina das comunidades. Com equipes formadas por moradores locais, esses clubes participam de campeonatos regionais que atraem a atenção dos habitantes e mobilizam os municípios. Longe das competições profissionais, o futebol amador reúne jogadores de diferentes faixas etárias e profissões, refletindo a realidade e o cotidiano dessas pequenas cidades. Os jogos, realizados em campos locais, promovem momentos de lazer e convivência entre os moradores, fortalecendo o vínculo com a prática esportiva.

 

Esses campeonatos de futebol amador enfrentam desafios característicos, como limitações de infraestrutura e de recursos financeiros, mas mantêm-se ativos e com presença consolidada. Nos dias de jogos, famílias e torcedores se reúnem para assistir às partidas, que se tornam eventos sociais importantes para as comunidades. Esta reportagem explora o cenário atual do futebol amador em Frederico Westphalen, apresentando as dinâmicas de organização, a participação dos moradores e o impacto que essas competições têm para as comunidades envolvidas.

 

O Campeonato Prata da Casa, idealizado por Mário José Dalla Nora, é mais do que uma competição esportiva: é um símbolo de pertencimento e tradição para as comunidades de Frederico Westphalen. Criado há 13 anos com o propósito de valorizar os jogadores locais e fortalecer os laços comunitários, o campeonato retornou recentemente, após 11 anos de hiato, com novos objetivos e desafios. Nesta edição, participam os times Atlético Santos Anjos, Grêmio Osvaldo Cruz, São João do Porto, Inter de Pedras Brancas, Riograndense, Pardo Solar RS e Fluminense.

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A origem do Prata da Casa
A ideia do campeonato nasceu da experiência de Mário em organizar a Copa União, há mais de 30 anos. Na época, ele buscava combater a elitização dos campeonatos e promover a participação de jogadores da própria comunidade. "Queria que os atletas vestissem a camisa de seus times com orgulho, como eu sinto pelo Atlético de Santos Anjos", explicou o organizador do campeonato e treinador do Atlético Santos Anjos, time que representa a comunidade onde Mário vive.

 

Em suas primeiras edições, o Prata da Casa cumpriu esse papel com maestria. Times como Castelinho e Corinthians (time atualmente inativo) se destacaram e comemoraram títulos que marcaram a história das competições locais. "Vi o Castelinho ganhar mais de 20 títulos, mas nenhum foi tão comemorado quanto o do Prata da Casa, porque jogaram com os próprios jogadores da comunidade", relembrou Mário.

Disputa no meio campo entre jogador de Osvaldo Cruz e Rio Grandense (Foto: Lucas Bortoluzzi)

Confira a entrevista de Mário, treinador e organizador do Campeonato Prata da Casa. 

Confira a localização dos times e suas comunidades:

Foi criado um mapa ilustrativo que mostra a localização dos times participantes do Campeonato Prata da Casa, proporcionando uma visão mais clara e detalhada das equipes que fazem parte dessa competição. Esse mapa visa facilitar o acompanhamento das partidas e a identificação dos clubes envolvidos, além de reforçar a importância da integração entre as comunidades que representam. Confira abaixo.

O retorno e os novos desafios
Após anos de pausa, o campeonato voltou no ano passado, com seis equipes, e rapidamente cresceu para sete. No entanto, o recomeço trouxe desafios, como o descumprimento de regras do regulamento e episódios de violência em campo. Mário reconheceu os problemas e se comprometeu a corrigi-los nas próximas edições. "Para 2025, queremos incluir categorias como escolinha, veteranos e fortalecer as equipes A e B, garantindo um campeonato mais disciplinado e inclusivo", destacou.

 

Além dos sete times que participam do campeonato Prata da Casa, em Frederico Westphalen, das mais de 20 comunidades que existem no município, 16 delas possuem uma equipe esportiva. Ao longo dos anos, diversas equipes do município estiveram participando dos campeonatos municipais, algumas delas estão inativas. 

Fonte: Google Maps e Blog: Times do RS

Ou seja, são vinte e uma (21) Comunidades, conhecidas como linhas, onde dezesseis (16) delas possuem equipes. Como mostra os dados abaixo, são mais de 70% das comunidades que tem uma equipe para jogar os campeonatos da região, demonstrando a importância do futebol para essas linhas.

Fonte: Google Maps e Blog: Times do RS

O futebol e o futsal profissional em Frederico Westphalen 

No profissional, os apaixonados pelo futebol do município se juntam para torcer pelo União Frederiquense. O time foi criado em 2010 e surgiu como forma de unir os dois times profissionais do centro da cidade, o Itapagé e o Ipiranga, que disputaram competições importantes do futebol gaúcho durante os anos 70. Além disso, as duas equipes participaram da elite do futsal gaúcho. Em 1999, o Itapagé foi campeão da série Bronze do Campeonato Gaúcho de futsal, e em 2000, o Ipiranga conquistou o título da série Prata da mesma competição.

 

O Guarani Futsal ou Guarani da Linha Boa Esperança, é uma equipe que começou como uma equipe amadora de futebol profissional, localizada na Linha Boa Esperança, sendo campeão do Campeonato Integração e Copa União em 2015, trocando os gramados para se profissionalizar no futsal em 2018. Desde de sua profissionalização, o Verdão de Frederico Westphalen acumulou o título da série Bronze do Campeonato Gaúcho em 2018, a Taça Farroupilha de 2022 e a Supertaça Farroupilha em 2023. O Guarani Futsal e o União Frederiquense representam simbolicamente torcedores e jogadores dos times amadores de Frederico Westphalen.

Criança agachada em meio a paisagem observando o jogo entre Atlético Santos Anjos x Grêmio Osvaldo Cruz, (Foto: Conrado Araujo)

Na sequência da reportagem você irá conhecer cinco times que participaram da quarta edição do Campeonato Pratas da Casa. 

Os Clubes

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Atlético Santos Anjos

O Atlético Santos Anjos tem uma trajetória rica e repleta de conquistas que refletem a paixão da comunidade pelo futebol. Fundado há 47 anos, o time é o representante esportivo da linha Santos Anjos. Ao longo dos anos, o Atlético conquistou títulos importantes, como as duas Copas União, uma na categoria B e outra na categoria E1. Além disso, também venceu o Campeonato Integração, consolidando ainda mais sua relevância nas competições da região.

 

Apesar de estar há mais de duas décadas sem um título, a equipe segue com a esperança de novas vitórias. Mário José Dalla Nora, figura histórica no clube, revelou que, mesmo com lesões de jogadores importantes, o Atlético segue com dois times organizados e a vontade de resgatar o sucesso do passado. Para Mário, o time é mais do que um clube esportivo: é o coração da comunidade. "Uma comunidade sem um time é praticamente uma comunidade morta. Estamos reformando nossa sede para que ela seja um ponto de encontro e celebração", afirmou.

 

A paixão de Mário pelo futebol vai além das quatro linhas. Aos 57 anos, ele já foi jogador, juiz e organizador, sempre com o mesmo objetivo: fortalecer o esporte comunitário. "Se perguntarem quem mais lutou pelo esporte em Frederico Westphalen e região, acredito que muitos dirão meu nome. Não desisto porque amo o que faço", concluiu.

 

O Atlético Santos Anjos, com sua trajetória de títulos e dedicação, continua sendo um símbolo de união para a comunidade e um exemplo de como o esporte pode preservar tradições e inspirar novas gerações.

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Equipe do Atlético Santos Anjos finaliza o aquecimento, observados de perto por Mário. (Foto: Lucas Bortoluzzi)

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Grêmio Atlético Osvaldo Cruz

O Grêmio Atlético Osvaldo Cruz, fundado em 1969 no distrito de Osvaldo Cruz , tem sido um pilar importante na comunidade, com uma história que reflete a dedicação e o esforço das famílias locais. A criação do clube foi possível graças a doações de áreas de terra e ao trabalho árduo das pessoas que residiam na região, que ajudaram a solidificar suas bases.

 

Edson Frizon, presidente do clube, compartilha a evolução do Grêmio Osvaldo Cruz, destacando que sua colaboração com o time começou quando a parte esportiva estava em declínio, devido a acontecimentos nos campeonatos locais. No entanto, após três anos de apoio contínuo, veio o primeiro título para o clube, um momento de grande importância para o grupo. "Esse título foi um marco para o nosso time e nossa comunidade, e seguimos fortes, com mais um título e presença constante nas finais", comenta Edson.

 

O Grêmio Atlético Osvaldo Cruz conquistou dois títulos da categoria B e tem se destacado em várias competições, como o Campeonato Integração, futsal e o Prata da Casa. Edson acredita que as competições amadoras têm um papel fundamental na formação de laços entre atletas e suas famílias, além de promoverem a saúde e a integração social, oferecendo uma opção positiva para os jovens.

 

Em sua trajetória pessoal, o futebol lhe proporcionou um momento único: a oportunidade de se despedir das competições jogando ao lado de seu filho, um feito que Edson considera uma grande alegria. "O futebol me deu essa felicidade, que será para sempre uma lembrança especial na minha vida", afirma o presidente.

 

O Grêmio Osvaldo Cruz, com sua história rica e significativa para a comunidade, segue sendo uma referência no esporte local, mantendo-se ativo nas competições e com o objetivo de continuar promovendo a prática esportiva e o fortalecimento dos vínculos comunitários. 

Entre os atletas que defendem o Osvaldo Cruz está Junior Dalla Valle, segundo volante da equipe, que enfatiza o impacto emocional de jogar pelo clube. "É muito bom. Você joga junto com parentes e amigos de infância. É gratificante ter o apoio da comunidade, ouvir as pessoas torcendo por você. Acho que a maior recompensa é chegar à sede com uma taça e ver a alegria de todo mundo", conta Junior. Ele ressalta que, para ele, o futebol no Osvaldo Cruz vai além do esporte. "É diferente de jogar por um time onde não há esse vínculo. Aqui, o futebol é mais do que um jogo; é uma conexão com a comunidade. Eu vejo como lazer, mas também como responsabilidade."

Junior também destaca o que o inspira a dar o máximo em campo. "Representar a comunidade é importante. Quando vestimos a camisa do Osvaldo Cruz, não é só por nós, mas por todos que fazem parte da história do time. Tem muita gente que dedica seu tempo cortando a grama, organizando os jogos e apoiando. Isso inspira a dar o máximo em campo."

Entrevista Junior Dalla Valle
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Jogadores do Osvaldo Cruz se cumprimentam após o gol. ( Foto: Lucas Bortoluzzi)

Esporte Clube São João do Porto

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O Esporte Clube São João do Porto, fundado em 28 de julho de 1958, tem uma história rica de conquistas e momentos marcantes no futebol amador de Frederico Westphalen. Com 66 anos de trajetória, o clube se destaca não apenas pelos títulos conquistados, mas pela forma como conseguiu integrar a comunidade ao longo de sua existência.

 

Clairton Bertolleti, atual presidente do Esporte Clube São João do Porto localizado na comunidade de São João do Porto, tem uma ligação profunda com a história do clube. Desde jovem, aos 13 ou 14 anos, começou a se envolver com o futebol da comunidade, participando de uma escolinha nos anos 80 e integrando, logo em seguida, o time principal. Em 1988, o clube teve a oportunidade de jogar um amistoso em Capanema, no Paraná, um evento que ficou marcado na memória de todos. "Organizamos o jogo de volta aqui no Porto, foi um evento memorável, com direito a gravação pela Banda Comunicação do Ary Nelson. O vídeo foi apresentado durante um baile, promovendo uma grande integração entre as comunidades", recorda Bertolleti.

 

Durante as décadas de 80 e 90, o São João do Porto se destacou no Campeonato Municipal, competindo contra equipes de localidades como Vista Alegre e Taquaruçu. As viagens para os jogos eram feitas de caminhão, e a comunidade se mobilizava para acompanhar as disputas. O espírito comunitário sempre foi uma marca do clube, com os moradores se unindo para apoiar a equipe.

 

Em 1999, Clairton Bertolleti assumiu a presidência do clube, cargo que ocupou até 2002, período em que o São João do Porto conquistou títulos importantes. Em 2006, a equipe venceu a Série B da Copa União, derrotando o Castelinho B no ginásio do Itapagé. No mesmo ano, o clube conquistou o Campeonato de Integração, derrotando o São Cristóvão B na final disputada em Castelinho. Entre 2007 e 2010, o São João do Porto também teve destaque no campeonato "Prato da Casa", conquistando o título na segunda edição, mas perdendo duas finais para equipes como o Internacional da Pedra Branca e o Corinthians da Linha São Paulo.

 

Após alguns anos sem competir ativamente, o clube retornou ao "Prata da Casa" em 2022, quando a competição foi reestruturada para valorizar atletas com vínculo direto com as comunidades. Em 2023, o São João do Porto foi campeão da categoria B, mas, em 2024, não conseguiu participar da disputa nessa categoria. A categoria A, no entanto, segue firme e tem chances de avançar para as finais.

Confira um trecho da entrevista com Clairton, presidente do São João do Porto. 

Trecho da entrevista de Clairton
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Jogadores do São João do Porto fazem última reunião antes da partida iniciar, (Foto: Lucas Bortoluzzi)

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Esporte Clube Rio Grandense

O Esporte Clube Riograndense, fundado em 22 de janeiro de 1978, tem uma história que se entrelaça com a vida de seus jogadores e com a comunidade da linha 21 de Abril. Douglas Giuliani, conhecido como "Todo", é uma das figuras mais representativas dessa história, com uma trajetória que começou ainda na infância. Natural da Linha 21 de Abril, ele sempre esteve envolvido com o futebol local, inicialmente ajudando a cortar a grama do campo e, mais tarde, jogando em diversas categorias do time.

 

Um dos maiores marcos da sua trajetória foi a conquista do Campeonato Municipal de 2010, quando o time se sagrou campeão da categoria B. Além disso, o Rio Grandense também conquistou o Campeonato Integração em 2009 e o Campeonato Municipal de 2010, consolidando-se como um dos times mais importantes da região.

 

Após uma pausa de 15 anos sem disputar campeonatos, o Rio Grandense retornou à disputa no Campeonato Prata da Casa, em 2024. Para Douglas e para toda a comunidade, o futebol é um elemento vital para a integração e fortalecimento dos laços locais, além de ser uma oportunidade para que jovens se envolvam com o esporte e a sociedade.

 

O Riograndense é um exemplo de como o esporte pode unir uma comunidade, mesmo diante das dificuldades. O time da Linha 21 de Abril, com o apoio de todos os seus integrantes e com a colaboração do presidente Rafael Franciscate, continua a ser um símbolo de perseverança e amor ao futebol.

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Jogador do Rio Grandense domina a bola no meio de campo enquanto os atletas reservas observam atentamente o desenrolar do jogo. (Foto: Lucas Bortoluzzi)

Pardo Solar

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Fundado em 1962, o Pardo é mais do que um time de futebol: é uma representação viva da paixão e do espírito de comunidade em Frederico Westphalen, localizada na linha Ponte do Pardo . Sob a liderança de seu primeiro presidente, Neco Tátto, e com o campo que hoje leva o nome de Jako Tátto, o clube construiu uma trajetória marcada por grandes conquistas e momentos memoráveis.

 

Em 1988, o Pardo conquistou destaque ao ser vice-campeão do Campeonato Integração, firmando-se como uma equipe competitiva e respeitada. Já em 2002, brilhou ao conquistar o título principal dessa mesma competição, coroando o esforço de sua diretoria e jogadores.

 

Após um período de pausa, o clube voltou aos gramados neste ano, graças ao apoio de parceiros como a Solar RS e à força de sua comunidade. Para o dirigente Leandro Zatta, esse retorno é o primeiro passo de um projeto ambicioso: "Participar do Campeonato Prata da Casa foi só o começo. Quem sabe no ano que vem, estaremos novamente disputando o Campeonato Integração e brigando entre os grandes."

 

Hoje, o Pardo conta com uma estrutura sólida e moderna, com o campo totalmente cercado e uma torcida apaixonada, que faz a diferença nos jogos. "Joguei muitos campeonatos no Pardo. A energia aqui é incrível. Temos tudo para voltar a disputar grandes competições no município, e a comunidade está conosco nessa jornada," destaca Zatta.

 

Com um elenco motivado e o apoio incondicional dos moradores, o Pardo reforça seu compromisso de ser uma referência no futebol amador de Frederico Westphalen. O futuro promete ser tão glorioso quanto o passado para esse clube que respira futebol e união.

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Momento de união e concentração: jogadores do Pardo Solar posam para foto antes da bola rolar. (Foto: Reprodução)

Além do Futebol

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Hall de entrada da Sociedade São João do Porto (Foto: Irênio Filho)

Além do futebol, Clairton (São João do Porto) sempre esteve envolvido na organização de eventos culturais para a comunidade. Ele foi responsável pela realização de bailes e festivais que marcaram época. "Em 1991, quando fui presidente do grupo de jovens, organizei a vinda da banda Os Atuais para o festival do chope. Isso foi um marco, pois começamos a trazer bandas de maior renome para a região, sempre com o objetivo de oferecer algo diferenciado para a nossa comunidade", conta Bertolleti.

 

A história do São João do Porto não se resume apenas a títulos e vitórias. As lembranças dos antigos troféus, muitos feitos de madeira ou latão, que enfeitavam o pequeno salão comunitário, continuam a fazer parte da memória afetiva dos moradores. O clube preserva a tradição e o espírito de superação que o tornaram um símbolo de união e força para a comunidade.

Clairton Bertolleti, com sua visão e dedicação, reforça a importância de competições amadoras bem estruturadas para o fortalecimento dos laços comunitários. "As competições têm um impacto positivo quando são bem organizadas e focadas no futebol. No entanto, é essencial que o foco esteja na competição saudável, e não nas disputas fora de campo. O campeonato Prata da Casa, por exemplo, é uma competição que representa bem o espírito comunitário e, se bem cuidado, pode trazer grandes benefícios para todos", enfatiza.

 

Além disso, outras histórias de dedicação à comunidade, como a de Edson Frizon no Grêmio Osvaldo Cruz e Douglas Giuliani no Rio Grandense, mostram que o impacto das atividades vai muito além do campo de futebol. A reconstrução de clubes, a organização de eventos e a preservação das tradições locais têm sido elementos essenciais para unir as famílias e fortalecer os laços entre os membros da comunidade. O esforço para manter vivas as memórias, a dedicação para promover a integração e a superação de desafios — como no caso de uma viagem para Teutônia enfrentando uma enchente — são reflexos do verdadeiro espírito comunitário que permeia essas histórias.

 

Esse comprometimento com a união e o fortalecimento coletivo mostra que o valor de tais competições vai além das vitórias esportivas, sendo, de fato, um motor de transformação social e de conexão entre as pessoas.

Fora do campo, o time representa pessoas que moram no mesmo local que ele, refletindo histórias, tradições e uma identidade compartilhada que se fortalece a cada partida. No futebol amador de Frederico Westphalen, o orgulho local e a paixão pelo esporte vão além dos gols e dos troféus: eles se traduzem em união comunitária, resistência às adversidades e celebração da vida em conjunto.

 

Essas equipes não apenas jogam futebol, mas escrevem capítulos de uma história que conecta gerações e constrói laços afetivos que resistem ao tempo. Seja nos campos improvisados ou nos torneios mais organizados, cada jogo representa uma pequena vitória para a comunidade, uma demonstração de pertencimento e de preservação cultural.

 

Em tempos onde o futebol profissional é movido por cifras e contratos milionários, o futebol amador de Frederico Westphalen resgata o sentido mais puro do esporte: a paixão, a coletividade e a alegria de representar o próprio bairro, família e amigos. Que o Prata da Casa e outros campeonatos continuem inspirando não apenas novos atletas, mas cidadãos comprometidos com o fortalecimento da sua comunidade.

Senhor se prepara para assistir jogo em sua comunidade. (Foto: Conrado Araujo)

Galeria (clique nas fotos para melhor experiência) 

Fotos: Conrado Araujo e Lucas Bortoluzzi

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